08 junho 2009

"Museu do Douro recua com a crise"

Museu do Douro recua com crise
Dos 11 núcleos previstos para a região que abrange apenas dois estão criados e três aguardam patrocínio
2009-05-15
EDUARDO PINTO

" Museu do Douro já não vai instalar 11 núcleos na região que abrange. Pelo menos para já. Falta de dinheiro e de meios obrigam a poupar nos pólos. Dois já estão criados, mais três esperam por financiamento.

"Infelizmente, o Museu abriu no verdadeiro princípio da crise", lamenta o director do Museu do Douro, Fernando Maia Pinto, justificando assim os entraves da expansão da estrutura que lidera a toda a Região Demarcada do Douro, fiel ao princípio de territorialidade que o caracteriza. Dos 11 pólos previstos para dez concelhos está a funcionar, apenas, o Museu do Imaginário Duriense, em Tabuaço, inaugurado em Fevereiro deste ano. O Museu do Pão e do Vinho de Favaios (Alijó) está concluído, em termos de obra física e instalação de conteúdo programático. Mas a sua abertura, concede Maia Pinto, "depende de questões relacionadas com a sua viabilidade económica" e ainda não é certo que possa abrir este ano.

Com as ambições amordaçadas pela crise, o responsável prefere adoptar uma política de "step by step", que é como quem diz, "um passo de cada vez". Daí a redução "drástica" do número de candidaturas a financiamento comunitário para a construção de núcleos do Museu. Para instalar "a curto prazo" foram eleitos o Museu da Seda, em Freixo de Espada à Cinta; o Museu do Vinho, em São João da Pesqueira; e o Museu da Filoxera, em Provesende (Sabrosa).

"Os outros não estão esquecidos mas ficam em stand-by", lamenta Maia Pinto, ressalvando que embora a sua construção fique para mais tarde, o objectivo do momento é obter financiamento para "continuar a investigação". "É preferível fazer pouco e bem", reforça.

À parte os núcleos e concentrando-se na sede, o director do Museu do Douro diz que está "muito satisfeito" com o trabalho desenvolvido desde a inauguração, em 20 de Dezembro de 2008, mas reconhece que "podia estar muito mais". A exposição "Barão de Forrester, Razão e Sentimento: Uma história do Douro", foi visitada já por cerca de 8.500 pessoas, o que é "um sucesso".

Neste momento estão a ser preparadas mais duas mostras, uma delas denominada "Os rios Douro". Os arquivos também estão prontos para começar a funcionar. "O museu está a dar os passos normais, embora ainda com actividade muito interna, e está a projectar o futuro", salienta o director."

Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1232476

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